Saudações, Headbangers!!
Como sabem, fui na quarta-feira (12/11/2014) para São Paulo para nada menos do que realizar um sonho, assistir o show da minha banda preferida DEEP PURPLE.
Quatro horas de ônibus de ida, 2 metrôs e mais quatro de volta e mais dois metrôs que desde o início sabia que valeria a pena.
Ansioso, não via a hora de chegar, não imagina como estaria de público, só tinha uma certeza, seria uma apresentação pra lá de memorável.
Logo que cheguei ao local por volta das 19 horas, fiquei surpreso em ver tantas pessoas, ou melhor, fãs da banda, com suas camisetas, conversando sobre os integrantes, e comentando o quanto estavam ansiosos. Me senti em casa com isso, encontrar tantas pessoas que admiravam a mesma banda que eu.
A organização da casa de show, Espaço das Américas, foi impecável! A fila começou a andar na hora, logo entramos e o show começou também no horário estipulado, e o som do local era perfeito!! Todo cuidado com detalhes que uma banda tão importante merece!!
No interior do espaço deu para reparar bem no público. Havia aqueles que estavam ali apenas por ser mais um show, mas também era fácil reconhecer o que estavam ali para assistir o grandioso DEEP PURPLE, e o mais legal de bandas que sobrevivem décadas é que seu público renova, mas mantém também os mais antigos. Fácil ver desde molecada quanto senhores e senhoras. Inclusive, pirei vendo uma senhora que pegou a grade da pista bangueando horrores, mostrando que o Rock não tem idade, não tem sexo e é para quem tem bom gosto!! \o/....
Não vi ser divulgado, e para minha surpresa, as 21 horas aproximadamente, apagaram as luzes e uma banda de abertura subiu ao palco. Eram de São Paulo mesmo, porém, infelizmente não entendi o nome. Mandaram um
Rock sem grandes firulas, bem direto mesmo, músicas próprias e até que curti, mas o difícil era não ficar torcendo para que acabasse logo para a atração principal subir ao palco, inclusive, os membros da banda também confessaram que estavam ansiosos por isso.
E foi por volta de 22 horas, ao apagar das luzes novamente, e os telões do fundo do palco acenderem revelando o nome da atração tão esperada, que o quinteto adentrou ao palco. O gelo na barriga foi imenso, senti um princípio de tremedeira, via ali meus ídolos que tanto curto, que conheci e aprendi a gostar com meu pai, e que mesmo depois de décadas, estavam na ativa, levando a galera ao delírio. E foi isso que ocorreu logo de cara, ainda mais que começaram pela música que seus fãs em maioria adoram, e que particularmente é a minha preferida, "Highway Star", do álbum "Machine Head".
Imagine você gostar de uma banda e saber que logo os verá ali, na sua frente, tocando ao vivo, agora imagine eles começarem com sua música preferida!! Foi algo de outro mundo!! :)....
Eu fiquei na pista, muito próximo da grade, com boa visualização, inclusive fui de óculos, algo que não faço normalmente em shows, mas este era especial e eu não queria perder nenhum detalhe!!
Entre os pulos com a primeira música, buscava driblar os braços erguidos de todos tirando fotos e filmando, para conseguir ver os integrantes. A ficha parecia não cair, mas eram eles mesmos ali. Os culpados por eu gostar tanto de Rock, tocando as músicas que escuto quase todos os dias!!
Deixei para tirar fotos em músicas seguintes, assim a galera já teria acalmado e dado mais espaços, mas minha preocupação mesmo era não perder nenhum detalhe do palco. Em especial, tentando acompanhar cada passo de Ian Gillan, o vocalista.
Logo de cara deu para entender porque Steve Morse é um dos melhores guitarristas que há!! Ele simplesmente destrói na guitarra!! A técnica que possui é algo de ficar admirado!!
Conforme o show foi passando, trazendo diversos clássicos da banda, obrigando a galera a ir ao delírio música após música, a banda mostrou uma temática de show trabalhando em solos, primeiro Steve Morse, depois Ian Paice, Ian Gillan, mais tarde Don Airey (que inclusive deu uma palhinha de conhecimento quanto a MPB) e por fim Roger Glover, muito animado, brincando com a galera durante a música "Space Truckin", também do álbum "Machine Head".
"Lazy", "Perfect Strangers", "Strange Kind Of Woman", do último álbum tocaram algumas como a "Vincent Price" que curto demaisss e "Hell to Pay" e até mesmo "Hush", música do primeiro álbum de 1968!!
Além da minha música preferida, havia outras que queria muito que tocassem e pensei que não aconteceria, mas aconteceu!! Claro que por mim eles tocariam todos os clássicos, mas se isso ocorresse, ainda estaria lá vendo o show, e eu toparia isso!! Tocaram
O show encerraria com o super clássico "Smoke On The Water", mas sempre com aquele pedido da galera de mais um, e desta vez o pedido veio com todos cantarolando "Black Night", e com isso a banda voltou, tocando mais e encerrando com a música que todos pediram.
O show durou por volta de uma hora e cinquenta minutos. Com muita energia e luzes, tal iluminação estragou todas minhas fotos, infelizmente, por isso recorri para fotos que encontrei na net, e que por acaso adorei, são do MRossi. Excelentes imagens captadas!!
Tenho plena consciência que fiz certo encarar a viagem longa e mesmo sozinho para ver o show (Graças a minha amiga Jheine, que mora em Sampa, consegui o ingresso mais fácil e também um lugar para passar a noite!! Muitttooo obrigado, cenourita Jheine por me receber em seu lar!! Hehe!! ;)... ) porque os integrantes da banda já estão com uma idade avançada, não que isso seja problema, na verdade, isso demonstra o quanto gostam do que fazem, porque continuam, mas logicamente, o corpo já sente. Muito carismático e talentoso, Ian Gillan demonstrou do início ao fim do show estar alegre em fazer mais um show para um público que os aplaudiam o tempo todo, mas era perceptível que o cansaço dessa vida agitada já está pesando bastante, sendo que na maioria das músicas ele deixava o palco e ia para o backstage, provavelmente descansar, deixando o show ainda mais para a parte instrumental. De maneira alguma o show perdeu em qualidade, porque vimos verdadeiros mestres na arte de tocar instrumentos com harmonia total entre eles, mas acredito que em breve essa formação poderá mudar, e pelo meu ver, acho que Ian Gillan é que poderia decidir parar, algo que eu não gostaria, já que é meu vocalista preferido não só entre os que passaram pelo DEEP PURPLE. Mas, independente do que ocorra, tive a honra de ver a banda no palco, arrasando, mostrando que o Rock é monstruoso e cativa uma galera enorme!!
Algo que reparei é que a cada solo de um dos músicos eu pensava: "Steve Morse é 50% da banda"... "Don Airey é 50% da banda"... no final do espetáculo percebi que todos os músicos eram 50% da banda, ou seja, todos tinham capacidade de levar o
DEEP PURPLE ao sucesso pelo talento individual absurdo que apresentavam. Conclusão, a banda não é 100% boa, mas no mínimo 250% para ser bem justo!! ;)....
Eu poderia continuar está postagem muittooo ainda, porque a emoção de realizar esse sonho foi muito grande e importante!! Curti cada minuto e gostaria de curtir ainda mais!! Portanto, o sonho foi realizado, mas o desejo de ver ainda mais shows deles permanece!! fiquei detonado de tanto que curti no show e valeu muitooo a pena!! E enquanto outro show deles não ocorre, continuarei lembrando desse memorável show e em toda oportunidade ao ver uma banda tocando Rock, lá estarei eu gritando: "TOCA DEEP PURPLE!!". \o/....
Veja o vídeo da abertura do show com a música "Highway Star", é de arrepiar!!
E VAMOS BANGUEAR!! \o/....