Saudações, Headbangers!!
Como já comentei com vocês em postagens anteriores, rolou nos dias 31 de maio e 01 de junho de 2013 o ROÇA´N ROLL - 15º Edição, na Fazenda Estrela, em Varginha/ MG, evento esse que reúne diversas bandas de Rock/ Metal, tanto nacionais como internacionais, assim como um público vasto de diversas regiões do Brasil.
Mais um ano consecutivo estive presente, no sábado (01 de junho), infelizmente perdi o Deep Purple Cover na sexta, mas não havia como ir.
Digo
que, o maior prazer em ir a esse festival é a viagem com a galera,
velhos de guerra e sempre novos guerreiros prontos para encarar a
bebedeira e o
Metal que rola solto até tarde da madrugada. Mais
uma vez, saímos em um ônibus fretado daqui de Poços de Caldas/ MG, não
só com galera de Poços, mas novos amigos até de Cuiabá, já munidos de
provisões alcoólicas, e com a segurança que se nossos suprimentos
terminassem, na parada do posto poderíamos reabastecer. A galera como
sempre, muito animada e ansiosa esperando por esse dia, e com razão,
pois a diversão é garantida.
No
caminho, o clima que até na saída de Poços estava bom, o que
agradecemos demais depois da chuva que rolou pela semana inteira, de
repente mudou, descendo uma neblina monstruosa, lembrando
Silent Hill (Conhecem o jogo ou o filme?!), mas logo passou, para nossa alegria.
Fizemos
nossas paradas habituais, ou seja, algumas vezes para os homens
urinarem, e também a parada de todo ano em um posto na entrada da cidade
de Machado, onde, sempre encontramos pessoas alegres (Para não dizer,
alterados pelo álcool) que compartilham algumas beers com todos, e lá,
quem deseja, aproveita para almoçar. Eu, no dia do Roça acabo por nem
comer muito. Não sei se é a ansiedade ou o fato de beber bastante, mas a
fome só começa a bater tarde da noite.
Logo
que chegamos na estrada de terra que leva ao evento já começamos a
topar não só com as placas de sinalização do evento, mas também com a
galera de preto (este ano até que pouco pelo caminho). Em frente a
entrada do evento, desembarcamos e a nostalgia de todas as outras
edições bateu forte.
Por irmos sempre, criamos uma tradição, o que chamamos de
"03 golinhos" que consiste em formar uma roda de
Headbangers
e abrimos alguns vinhos (Este ano tinha muita gente para pouco vinho!!)
e cada um deve tomar 03 golinhos na garrafa, rápido, sem enrolação, e
passar ao próximo. A ideia é terminar com as garrafas o quanto antes, e
claro, por ser vinho, quando para de beber é que sentimos o efeito!!
Mais um ano a tradição foi bem sucedida... E, lógico, já está certo de
rolar no ano que vem mais uma vez.
Eu
não demorei a entrar no evento. Não queria perder as bandas iniciais.
Na entrada, minha mochila lotada de roupas, o segurança pediu para
olhar, mas foi de boa, tirou duas blusas e pronto. Já a segurança
feminina parece que não entendeu que o mesmo respeito que ela tem ao
trabalhar em um evento de outro estilo ela deve ter no evento de
Metal.
A segurança, sem paciência, simplesmente retirava tudo que há na bolsa
das mulheres, e "colocava" de volta sem cuidado ou organização alguma.
Quando indagada se a mesma voltaria tudo para a bolsa como estava, já
que queria revirar tudo, ela disse que sim, mas com a ajuda da pessoa,
demonstrando nenhum cuidado ou zelo pelo material. Quando foi chamada sua atenção por isso ela apenas disse:
"Aqui é assim... Nunca veio não?!". Mas espera um pouco!
"Aqui é assim"...
O que quis dizer com isso?! Que lá devemos aceitar que a segurança
trate os bens das pessoas de qualquer forma e sem cuidado porque é um
evento de
Metal?! Oras, os seguranças masculinos não estavam faltando com esse respeito, e devemos lembrar que todos os
Headbangers,
no mínimo, pagarem R$ 60,00 para entrar lá, e estão certo de exigir
maior cuidado com suas coisas! Já temos que aceitar o fato de não poder
entrar alimento, o que acho errado. Ninguém é obrigado a comprar o que
comer só de lá. Esse foi um ponto negativo do evento, que sempre traz
tantas atrações boas, mas que pecou logo na entrada.
Seguindo, passando esse estresse inicial, visitamos a tenda
Combate que teve bandas até início da noite, simultaneamente com um dos palcos principais. Palco esse que rolou shows das bandas como
Aneurose, Drowned (Que mandaram muito bem) e
Cólera,
que fez um protesto muito justo quanto ao exagero do preço da cerveja.
Pela rede social haviam noticiado que cervejas em latas seriam R$ 2,00
até as 16 horas, porém, na hora, apenas a
Ecobeer estava nessa promoção, e para o susto e indignação de todos, as outras cervejas a R$ 5,00, o que é um
roubo!
A partir das 16 horas, a
Ecobeer passou a R$ 4,00. A banda
Cólera, no momento de sua apresentação protestou, dizendo que era um absurdo
cervejas por R$ 5,00. Entendo que em local fechado a bebida é mais cara,
mas não precisa enfiar a faca na galera que já gastou tanto com
ingresso e viagem, e como não pode levar alimentos dentro do evento,
ainda precisa reservar grana para comer algo. Que passe a cerva para R$
3,00, mas R$ 5,00 é muita sacanagem!!
Havia
stands de venda de camisetas e materiais das bandas também.
Mais tarde rolou a banda Malefactor que anunciou na semana que captaria imagens de sua apresentação no festival para acrescentar ao DVD que deve lançar por volta de 2014.
A banda Motosserra Rock Clube,
que se não me engano tocou na sexta-feira, também fez uma apresentação,
e como eles gravaram o hino do evento deste ano, lógico que tocaram, e a
galera cantou junto.
Uma banda que eu esperava bastante o show e curti demais bem de frente ao palco, foi a
Cracker Blues, que mandou muito com seu
Blues Rock, ponto alto para o momento que tocaram
"Velha Tatuagem", música pedida pela maioria do público.
Nos telões, passou um pedaço do documentário lançado em DVD em comemoração aos 15 anos do evento. DVD esse que gostaria muito de comprar, porém, tive que optar em comer e beber ou comprar o DVD, mediante a facada do preço dos "comes e bebes".
Ao
início da noite, o evento já estava repleto de gente. Um dos anos que
senti que mais público apareceu, o que é ótimo. sinto muito bem em meio a
essa galera, animada, que curte som bom e tá lá afim de banguear de verdade.
Claro que a noite apenas começava e para a felicidade de todos não demorou para a banda israelita
Orphaned Land iniciar sua apresentação, que foi ótima... Excelente!! Os caras são animados e o som é de primeira. Tocaram a tão aguardada
"Norra El Norra", curti demais!
Logo a banda Devon, que já tocou em Poços, mas eu perdi, começou sua apresentação, e em seguida foi a vez dos alemães do Grave Digger
trazer o ponto alto da noite!! Acho que todos concordam que essa foi a
banda mais esperada, e talvez por isso, o show que mais curtiram. Não
faltou "Rebelion", não via a hora que eles tocassem, logo veio também "The Dark Of The Sun" e fechando com "Heavy Metal Breakdown".
Apesar
da ironia, o ano que esperavamos mais frio foi o que menos fez. Levei
tanta roupa e nem usei. Primeiro ano que nem luvas precisei colocar, o
que achei ótimo!
Pouco após o término do show da Grave Digger, fui para o busão, e de lá, como não estava longe, ouvi as últimas apresentações, que foi de Tuatha De Dannan com Martin Walkier, rolou também Kernunna, Attomica (Pelo que ouvi, ótima apresentação) e Metalmorphose fechando a noite.
Todo
ano temos noção de que o evento é uma prova de resistência, que cansa,
que saímos de lá imundos, com sono, fome e loucos por um banho, mas
sabemos que no ano seguinte retornaremos, afinal, é uma chance de
reunirmos toda nossa galera, que por questões pessoais de cada, nem
sempre é possível nos encontrarmos. O festival, pelas bandas que traz,
aumenta ainda mais a vontade de ir, e claro, será muito mais prazeroso,
se esses probleminhas, que cada festival possui os seus, sejam sanados.
Esperamos que ano que vem o evento esteja com a mesma qualidade em
questão do som, e melhor em questão da entrada e valores das bebidas e
alimentos.
Resumindo:
Pontos Positivos:
- Excelentes bandas, tanto nacionais quanto internacionais
- Três palcos que rolaram bandas cada qual com seu estilo
- Galera animada e em peso de vários cantos do Brasil
- Espaço amplo para a galera curtir, ou até para aqueles que optam por deitarem ou ficarem sentados assistindo de longe.
Pontos Negativos:
- Tratamento e falta de cuidado com os pertences na entrada feminina
- Preços absurdos, principalmente das cervejas
- Proibida a entrada de alimentos
Uma curiosidade:
Fiz a contagem no busão na volta para ver se todos estavam já para
voltarmos para Poços e estava tudo certo (Lembrando que esqueci de me
incluir na contagem!!), a maioria já dormindo, doidos para chegar.
Quando entramos na cidade, um rapaz me acorda perguntando se eu quem
estava cuidando do busão, e disse que sim e ele me avisou que entrou no
ônibus errado!! Ele é de Belo Horizonte (Muiittooo longe de Poços) e que
confundiu os ônibus porque estavam próximos. Entrou, sentou e dormiu,
sem nem mesmo conferir. Moral da história: O mesmo desceu em um
terminal de ônibus em Poços no qual passa ônibus de viagens, e pegaria
um para Pouso Alegre (Parece que tem parentes lá) e de lá iria para
BH... Fiquei com dó da saga que o rapaz teria pela frente, mas não
podíamos fazer nada por ele. Espero que tenha dado certo de ir para sua
casa!!
Coisas que só acontecem na viagem para o
Roça´n Roll mesmo!! Hehe!! Histórias e aventuras é o que não faltam!! \o/....
E que ano que vem venha mais uma edição para nós!! \o/....
E VAMOS BANGUEAR!! \o/....